quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PEC regulamenta aposentadoria especial de servidor

Tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição 449/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que fixa o tempo necessário para o servidor público que exerça atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física ter direito à aposentadoria especial.

Hoje a Constituição já garante o direito a aposentadoria especial a esses servidores e remete à lei complementar a regulamentação desse direito. A proposta de Nazif exige que essas pessoas tenham trabalhado em condições prejudiciais à saúde durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o que dispuser a lei, para ter direito à aposentadoria especial.

A PEC determina ainda que, enquanto não entrar em vigor uma lei regulamentadora específica para esses servidores, eles estarão sujeitos às mesmas regras de aposentadoria especial aplicáveis aos trabalhadores do regime geral de Previdência Social.

"A inércia legislativa tem levado o Supremo Tribunal Federal, de forma reiterada, a decidir que as normas aplicáveis aos empregados da iniciativa privada sejam adotadas para os servidores públicos, ante o princípio da igualdade de direitos, segundo o qual todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei", diz o deputado.

Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a admissibilidade da proposta. Se for aprovada, será criada uma comissão especial para analisar o mérito da matéria. Posteriormente, a PEC deverá ser votada em dois turnos pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Oscar Telles
Edição - Pierre Triboli

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tráfego do Blog do SIMERO

Dia 5 de Fevereiro - 17:08 min
Clique na imagem da coluna da esquerda para conhecer quem nos visita.

Diretoria do CFM vem reunir com a classe médica de Rondônia

A direção do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) está convocando a classe médica em geral para uma grande reunião com a diretoria do Conselho Federal de Medicina, na próxima quinta-feira, dia 11, a partir das 20h. A presidente do Cremero, pediatra Inês Motta, ressalta a importância da participação da categoria, lembrando que essa é a primeira vez que toda a diretoria do CFM se faz presente em Rondônia para ouvir de perto os reclames da classe.

A visita da diretoria executiva do Conselho Federal de Medicina a Rondônia está inserida na nova política adotada pela diretoria da entidade para ampliar a integração com os Conselhos Regionais. Dentro dessa nova forma de trabalho já foram visitados os conselhos regionais de Pernambuco e Rio de Janeiro. Estão confirmados para vir a Rondônia os seguintes integrantes da diretoria executivo do CFM: Roberto D’Ávila, presidente; Henrique Batista, secretário-geral. Hiran Gallo, tesoureiro; José Vinagre, corregedor-geral; Gerson Martins, segundo secretário; e Frederico Melo, segundo tesoureiro.

Representante da classe médica de Rondônia no Conselho Federal de Medicina, onde exerce pela segunda vez consecutiva o cargo de diretor-tesoureiro, o médico Hiran Gallo, realça a importância do encontro para maior entendimento entre as ações dos Regionais com as do Federal. O mais importante dessa visita, segundo Hiran, é que a diretoria do CFM não se limitará a conversar com os membros do Conselho. “Estamos abertos a ouvir toda a classe médica que comparecer à reunião”, acentua.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sindicato Médico de Sergipe protesta contra cargos temporários

Os serviços públicos de saúde estão constantemente ameaçados pela idéia dominante entre muitos gestores e assessores de políticos, a favor da precarização, da privatização e da terceirização de serviços. Esta improvisação, que recusa ao servidor público da área de saúde o status próprio do servidor público, que é um regime jurídico próprio e proteção contra as reviravoltas da política, contra o empreguismo e clientelismo, é uma ameaça constante à regularidade e normalidade dos serviços públicos de saúde. Representa constantemente uma ameaça ao funcionamento do SUS, prejudicando os direitos de médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde e ameaçando o direito constitucional do acesso à saúde definidos pela Constituição. Aqui temos mais um caso. O Sindicato dos Médicos de Sergipe age com firmeza e determinação contra a contratação temporária e precária de médicos para atuarem no SUS daquele Estado. A situação é agravada pelas remunerações indignas e longe de atender às necessidades próprias dos profissionais e as exigências de sua formação como mão-de-obra qualificada.



Fonte: http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=94287&janelaenviar=sim&acao=imprimir

Organização de um Fórum de Debates em Rondônia

Médicos em Porto Velho, apoiados pelo CREMERO, CFM, AMB e SIMERO organizam Fórum de debates para discutir a situação da saúde, dos planos de saúde, condições de trabalho e salários médicos no estado de Rondônia.

A atual realidade da Medicina brasileira, com intromissão de outros profissionais no ato médico, precárias condições de trabalho, má remuneração tanto no serviço público quanto nos convênios, atendimento inadequado, formação profissional deficiente e proliferação das escolas médicas, está fazendo com que as entidades médicas, nacionais e regionais, se unam e atuem juntas, O resultado dessa força, que tem como objetivo mudar a triste realidade da medicina no Brasil e está levando à organização da classe em torno de um só ponto, que agregue os Conselhos de Medicina, as Sociedades Médicas, as Sociedades de Especialidades e os Sindicatos: a Ordem dos Médicos do Brasil.

Essa é uma discussão que está apenas iniciando, mas os dirigentes das quatro entidades nacionais – Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Federação Nacional dos Médicos e Confederação Médica Brasileira – concordam que, mais do que nunca, o médico hoje precisa participar ativamente de suas entidades para enfrentar as principais questões que afetam o exercício da Medicina no país. Diante das dificuldades enfrentadas, o médico tem que estar em sintonia com as lutas e ações das suas entidades, pois ele aparece como uma peça fundamental no processo de reversão da atual situação.

Nos estados brasileiros onde as entidades médicas têm posições mais progressistas, uma admirável unidade tem sido construída em prol da categoria profissional. É o caso de Sergipe, onde Sindicato, Conselho e Associação Médica fizeram reunião conjunta para fazer um diagnóstico da situação da saúde no Estado.

A matéria pode ser lida na página http://www.correiodopovo-al.com.br/v2/article/Sergipe/10330/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Demissão de Médicos - Retaliação Política?

Alguns colegas médicos, funcionários públicos concursados, tem sido demitidos através de Processos Administrativos como forma sutil de represália política à denúncias realizadas sobre as péssimas condições de trabalho a que são submetidos nos hospitais e delegacias estaduais onde servem.

Apenas para relembrar os que aqui nos acompanham transcreverei abaixo alguns postulados que regem o nosso Código de Ética Médica e que respalda a luta de muitos por melhores condições de trabalho e melhor remuneração. Temos consciência da enorme responsabilidade social que a nossa profissão carrega mas, não podemos assumir como os únicos responsáveis pelo caos em que se encontra o sistema de saúde do Brasil.

*Capítulo I - Princípios Fundamentais *

Art. 1° - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da
coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 2° - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em
benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua
capacidade profissional.

Art. 3° - A fim de que possa exercer a Medicina *com honra e dignidade*, o
médico deve ter *boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa*.

Art. 4° - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da
Medicina e *pelo prestígio e bom conceito da profissão*.

Art. 8° - O médico não pode, em qualquer circunstância, ou sob qualquer
pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que
quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e correção
de seu trabalho.

Art. 14 - *O médico deve empenhar-se para melhorar as condições de saúde e
os padrões dos serviços médicos e assumir sua parcela de responsabilidade em
relação à saúde pública*, à educação sanitária e à legislação referente à
saúde.

Art. 15 - Deve o médico ser solidário com os movimentos de defesa da
dignidade profissional, *seja por remuneração condigna, seja por condições
de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional* da Medicina e
seu aprimoramento técnico.

Art. 17 - O médico investido em função de direção tem o dever de assegurar
as condições mínimas para o desempenho ético-profissional da Medicina.

Art. 19 - O médico deve ter, para com os colegas, respeito, consideração e
solidariedade, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os
postulados éticos à Comissão de Ética da instituição em que exerce seu
trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina.

Vale ainda a pena dizer
que a covardia do nosso silêncio nos faz cúmplices do sistema que massacra milhares de vidas que dependem do sistema de saúde existente para obterem serviços médicos para si e seus familiares.

Precisamos nos levantar, nos unir com força e resgatar a nossa dignidade diante da população que, injustiçada, sucumbe sem saúde por esse nosso imenso rincão brasileiro.


A começar daqui e agora.

Mudanças já!



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Postagem do Presidente do SIMERO

A VERDADE FAZ BEM À SAÚDE

Tendo em vista as cobranças que me tem sido feitas, tanto pessoalmente quanto através da internet, principalmente pela Tribuna Médica, alegando que eu estaria impedindo a posse da chapa “vencedora” das eleições no SIMERO, é importante que as questões sejam colocadas de forma clara desde o início do processo para que a nossa categoria não veja apenas um lado da questão.

Desde o início do ano passado, logo após o SIMERO ter conseguido a regularização do salário dos médicos com o aumento do salário básico + gratificação, junto ao Estado, alguns colegas começaram a cobrar a realização de eleições. Desde então eu tentava formar uma chapa única com pessoas que estivessem realmente comprometidas com as lutas da nossa categoria e que pudessem dedicar um pouco do seu tempo ao sindicato. Convidei vários colegas que alegavam os mais diversos motivos para não participar de uma futura diretoria de nosso sindicato, entre os quais incluo o Maurício Carvalho (que estava de mudança para Vitória – ES) e o próprio Rodrigo, depois candidato a presidente na Chapa 2 (que dizia ter passado no vestibular para engenharia e iria trabalhar na construtora de seu pai), e muitos outros que alegavam, principalmente, a falta de tempo ou o perfil de sindicalista.

Ao iniciarmos as conversações para formação de uma chapa os colegas Rodrigo, Marrocos, Willian e Valiati, alegaram que, embora reconhecessem meu trabalho no sindicato e essa fosse a minha primeira re-eleição, eu não poderia mais ser candidato a presidente porque precisava haver renovação. Na época fiquei um pouco surpreso, porque eu explicava sempre que podia, para todos os colegas, que estávamos em um momento único no Movimento Médico Nacional e que agora que o SIMERO estava mais estruturado, era o momento de darmos um Salto de Qualidade e que precisávamos da união de todos os colegas que quisessem trabalhar pelo sindicato, com a filiação de mais médicos, tendo como meta básica o aumento da remuneração e a melhoria das condições de trabalho da nossa categoria. A grande maioria dos colegas me dizia que eu devia continuar à frente do SIMERO, pois reconheciam que eu havia feito um bom trabalho a frente do sindicato. No entanto aquele pequeno grupo insistia que tinha que haver renovação, mas não apresentavam qualquer proposta de trabalho para o futuro.

Depois de certo tempo o Rodrigo anunciou em uma reunião no sindicato, que estava se reunindo com mais de 40 médicos, que estavam decididos a formar uma chapa de oposição. Eu lhe falei pra trazer essas pessoas à nossa reunião e formaríamos uma chapa de consenso. Na reunião seguinte compareceram os mesmos colegas de sempre que diziam que a chapa não poderia ser presidida por mim, nem pelo George Allan Marrocos e então eu mesmo falei que poderia ser o Marcelo Ferrari, o Renê Saturnino, a Flávia Fernandes ou o Hely Camurça, que são colegas já envolvidos na luta sindical há um bom tempo, mas eles não indicaram nenhum nome, mesmo após eu ter dito que eu e Rodrigo poderíamos formar a cabeça de chapa.

Naquela ocasião o Marcelo me fez perceber que aquele grupo não tinha um projeto de TRABALHO, mas um projeto de PODER, e o SIMERO era apenas um trampolim para este projeto; suas atitudes posteriores vieram confirmar aquela tese inicial. Em seguida começou uma campanha difamatória pela Internet, pelos corredores dos hospitais e até na Unir, contra o nosso sindicato e sua diretoria, principalmente contra o presidente e o tesoureiro, insinuando que o SIMERO tinha uma arrecadação excepcional e estaríamos desviando recursos em proveito próprio. Em momento algum houve um chamamento para debatermos os grandes problemas da classe médica ou a intenção de participar no trabalho do sindicato, toda argumentação desses colegas resumia-se em exigir uma prestação de contas da nossa gestão e a renovação da diretoria.

Reconhecemos que embora nunca tivesse sido feita antes uma assembléia para prestação de contas especificamente da parte financeira (nas inúmeras assembléias realizadas anteriormente havia sempre uma prestação de contas das ações realizadas pela diretoria e um apelo aos colegas para participação em ações futuras, e o SIMERO é hoje considerado pelos demais sindicatos rondonienses e inclusive por sindicatos de outros estados, como um dos sindicatos mais atuantes do Brasil), pois, antes de nossa gestão, o SIMERO, nunca havia tido uma arrecadação regular, realmente era necessário realizar essa prestação de contas e desde junho do ano passado tentamos reunir o conselho fiscal para analisar as contas junto com o contador do sindicato, mas só conseguimos isso muito tempo depois, pois enquanto o Rodrigo cobrava à nossa diretoria a prestação de contas, ao mesmo tempo ameaçava alguns conselheiros que eles poderiam ser presos se aprovassem as contas do sindicato, tanto que a Mailene Lisboa, conselheira fiscal titular, falou-nos que só recomendaria a aprovação das contas se estas fossem analisadas por um auditor contábil de sua confiança. Concordamos com isso dando-lhe toda a razão e, após este auditor concluir o seu trabalho, foi recomendada a aprovação das contas de nosso mandato por cinco conselheiros fiscais (o sexto conselheiro havia pedido para sair da diretoria há mais de dois anos).

No dia 05/09/2009 foi publicado edital para as eleições sindicais com previsão de 3 (três) datas para a realização das mesmas (dias 20/10/2009, 03/11/2009 e 18/11/2009) e abertura de prazo para inscrição das chapas concorrentes. Como sabemos duas chapas inscreveram-se, e no dia em que houve a inscrição da Chapa 2 foi informado ao seu candidato a presidente que vários componentes da mesma estariam irregulares (falta de documentos, tempo de sindicalização e não-sindicalização), e poderiam ter seus registros impugnados. Após a publicação das chapas inscritas foi nomeada a comissão eleitoral, mas mesmo antes dessa nomeação o Rodrigo e o Willian tentaram impugnar a minha candidatura e a do Renê, alegando a falta de prestação de contas do sindicato. E o próprio presidente da comissão eleitoral já estava inclinado a aceitar esta impugnação, o que nos obrigou a contratar um advogado para elaborar a nossa defesa e garantir a candidatura. Mas durante todo o processo eleitoral os candidatos da Chapa 2 alegavam que a comissão eleitoral estava favorecendo a Chapa 1, que o Estatuto do SIMERO e todo o processo eleitoral estavam errados e ameaçavam processar-nos e anular a eleição judicialmente.

No dia 15/10/2009, como até aquela data não havia sido feita a regularização documental de sete componentes da Chapa 2 (já havia sido feito pedido de impugnação contra outros dois que não podiam concorrer por não ser sindicalizado ou não ter tempo suficiente de sindicalização), solicitei à comissão eleitoral a impugnação dessas candidaturas. Os colegas Flávia Fernandes e George Allan Marrocos solicitaram a impugnação dos candidatos Rodrigo e Willian por má conduta, pois durante várias ocasiões presenciaram os mesmos denegrindo a imagem do nosso sindicato e de componentes da sua diretoria. Devido a essas atitudes dos componentes da Chapa 2 e para que os mesmos pudessem fazer sua defesa (demonstrando claramente que suas atitudes é que deram causa a modificação de data, ao contrário do que alegam), o presidente da comissão eleitoral Heinz Jakobi resolveu mudar a data da eleição do dia 20 para o dia 23 de outubro embora já houvesse no Edital das Eleições a previsão de mais duas datas para sua realização, respectivamente, dias 03 e 18 de novembro, o que segundo o artigo 45 do Estatuto do SIMERO (e também de eleições de qualquer entidade), é causa absoluta de nulidade. Esta mudança prejudicou principalmente a Chapa 1, pois dez de seus componentes não puderam votar, ou porque tinham viagens programadas ou porque tinham plantões fora deste município (o que por si só já constituía um empate técnico, já que esta foi a diferença de votação entre as chapas), além do que mais de um terço dos eleitores não puderam votar, principalmente aqueles do interior do Estado.

No dia 17/10/2009, após publicação de edital de convocação e divulgação nos hospitais, foi realizada uma assembléia geral para apreciação dos balanços e das contas do sindicato e deliberação dos presentes, mas no horário previsto, após a abertura da assembléia pelo Renê, tesoureiro do SIMERO, eu conversei via telefônica com o William que estava a caminho do CREMERO, onde estava sendo realizada essa reunião, pois havia atrasado alguns minutos para ir buscar os livros contábeis na sede do sindicato. Logo após falar comigo ao celular o William tentou encerrar a assembléia e chamou todo o seu grupo para retirar-se junto com ele alegando que aquela assembléia não tinha legalidade, comprovando que não havia interesse em conhecer a realidade do sindicato, mas somente interesses eleitoreiros, pois a prestação de contas era o único argumento de campanha da Chapa 2. Quando eu cheguei no local o único que ainda restava do seu grupo era o colega Carlos Alencar que, embora os presentes insistissem para que permanecesse no local, resolveu também retirar-se, não sem antes proferir inverdades sobre a diretoria do SIMERO, incluindo minha pessoa, e sobre meu filho que me acompanhava; mas no dia seguinte telefonou-me pedindo desculpas pelo que me havia dito.

No dia 23 de outubro ocorreram as eleições. Apesar de haver solicitado insistentemente para que houvesse recepção de votos em trânsito e urnas itinerantes na capital, o presidente da comissão alegou que não havia condições de fazê-lo, bem como, ainda na noite anterior ao pleito, o próprio Rodrigo, quando o Caon lhe informava para que arrumasse fiscais para urnas itinerantes, ameaçou entrar com mandado de segurança, caso tivesse urnas itinerantes em Porto Velho, alegando que não dispunha de fiscais para acompanhá-las.

Durante todo o dia da eleição alguns componentes da Chapa 2 permaneceram próximos ao local de votação fazendo boca de urna, com a ajuda do colega Cleiton Bach (ex-candidato a conselheiro federal, que nunca procurou sindicalizar-se, embora eu já o tenha convidado), recebendo também ajuda de pessoas de dentro das secretarias municipal (de Porto Velho) e estadual de saúde e do próprio diretor geral do HB que estavam descontentes com as denúncias recentes do SIMERO, tais como: o concurso da SEMUSA com aquele salário aviltante, a situação deprimente e as condições de trabalho dos Centros de Saúde e do Pronto Socorro João Paulo II, o sistema de controle de freqüência dos funcionários do HB por gravação de imagem e a falta de uma hierarquia de prioridades na gestão do sistema de saúde em nosso Estado.

Logo após as eleições, uma grande parte dos componentes da Chapa 1 questionou o resultado das eleições e a forma como se deu o processo eleitoral, principalmente quanto a mudança de data, por ser contrária ao estatuto e ao edital da eleição, assim como pelo fato de os médicos do interior terem ficado impedidos de votar, o que prejudicou somente a nossa candidatura, e que devíamos tentar anular as eleições porque já haviam fortes indicativos de que a Chapa 2 faria o mesmo se houvesse prejuízo eleitoral, ou seja, se tivessem sido derrotados.

Dois dias após o término das eleições (domingo, 25/10) fui convidado pelo Deputado Mauro Nazif a reunir-me na sede do SIMERO com Rodrigo e Willian junto com o advogado deles. Estranhou-me a arrogância do primeiro que me tratou com muita descortesia, querendo tomar posse imediata de acordo como está escrito no estatuto (que só é bom nas partes que lhe favorece), dizendo que no dia seguinte já traria o seu contador para verificar as contas do sindicato. Com a ponderação do Willian e do seu advogado foi marcada a posse para o dia 15/11, no entanto, no dia 04/11 eles entraram com uma ação na Justiça do Trabalho exigindo a posse imediata.

Logo após as eleições muitos colegas da capital e do interior entraram em contato comigo queixando-se por não terem podido votar porque eu mudei a data da eleição (alguns até pensaram que ia ser dia 03/11), mas expliquei que quem mudou foi a comissão eleitoral sem a anuência do SIMERO. Houve inclusive boletim de ocorrência em Delegacia de Ji-Paraná. No dia 05/11 o colega Pedro Luís (que foi impedido de votar porque chegou alguns segundos depois das 18 horas), com a concordância da maioria dos componentes da Chapa 1, ingressou com uma ação na Justiça pedindo a anulação da Eleição do Sindicato.

No dia 5 de novembro houve uma nova assembléia do sindicato, no auditório do CREMERO, com o intuito de resolver a questão do pecúlio IPERON e também discutir a situação da prefeitura de Porto Velho (a discussão da prefeitura já havia sido combinada ainda antes das eleições, a pedido do colega Bruno Lobo). Entretanto, apesar de não ser matéria em pauta naquela assembléia, os componentes da Chapa 2, principalmente Rodrigo, interromperam nossos trabalhos e passaram a exigir que eu lhes garantisse ali naquela assembléia, por escrito, a posse deles na Diretoria do SIMERO para o dia 15 de novembro, conforme já tínhamos combinado. Como eles não confiaram em minha palavra e já haviam inclusive ingressado na justiça, eu falei a eles que eles deviam então esperar o pronunciamento do judiciário.

Meus colegas, essa é a história toda!

E assim sendo, no dia 13 de janeiro haverá nova audiência na Justiça do Trabalho e qualquer que seja o resultado, democraticamente, a parte que se sentir prejudicada pode apelar para o TRT.

No entanto, as lutas de nossa categoria precisam continuar. De minha parte eu tenho a firme convicção de que as eleições serão anuladas pela Justiça e novas eleições devam ser convocadas. Meu entendimento é que devemos aproveitar esse momento de crise pelo qual a classe iria passar de qualquer jeito, como uma oportunidade única para reconstruirmos a união de toda a classe médica rondoniense. Proponho, em conjunto com o Rodrigo, a extinção dessa ação na justiça e a imediata criação de uma nova chapa conjunta, na qual eu e o Rodrigo expressamente renunciamos ao direito de concorrer aos cargos de Presidente e Vice, chapa essa formada pelo consenso e por colegas que estejam realmente dispostos a trabalhar pela classe, estabelecendo um plano de metas que contemple a expansão do SIMERO com campanha de filiação de todos os colegas tanto na Capital como no Interior, a desvinculação a partidos políticos ou a governos estadual ou municipais e outras metas não menos importantes, mantendo o foco na luta permanente por melhores condições de trabalho e remuneração, em todo o Estado de Rondônia.

Assim sendo, convido a todos para que sejam marcadas novas eleições o mais breve possível, quando restarão sepultados todos os rancores e vaidades pessoais, junto com todas as mazelas originadas dessa ação judicial.

Vamos juntos, TODOS, com MATURIDADE, construirmos UM GRANDE SINDICATO.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos os colegas e famílias UM FELIZ ANO NOVO E QUE 2010 SÓ NOS TRAGA ALEGRIAS, UNIÃO E UMA VALORIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DE NOSSA CATEGORIA E MELHORIAS CRESCENTES DAS NOSSAS CONDIÇÕES DE TRABALHO.

OTINO FREITAS

(Presidente de SIMERO)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Conselho Estadual de Saúde - CES - RO

Houve reunião ontem do CES - RO no Hotel Rondon para apresentação da nova diretoria que foi eleita em plenária e tomou posse no dia 15 de dezembro. Participaram da assembléia de ontem Dr. Otino, Dra Flavia, Dr. Caon relatando denúncia contra as precárias condições de trabalho e falta de equipamentos na UTI do Hospital João Paulo II.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Péssimas condições de trabalho - UTI do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II

Mais uma vez as péssimas condições em que trabalham os médicos do hospital Joaõ Paulo impedem a equipe da UTI deste hospital de realizarem atendimentos dignos à população de Rondônia que depende do único hospital no estado para dar assistência a pacientes politraumatizados. Para este hospital são encaminhados, de todos os municípios do estado, além dos da própria capital, pacientes vítimas de acidente de trânsito. Além do hospital não possuir um tomógrafo próprio, a UTI ultimamente carece de Raio X portátil, quebrado há mais de 15 dias, máquinas de hemodiálise quebradas há mais de 2 meses, utilizadas em pacientes críticos que apresentam falência renal aguda, férulas ortopédicas para o sustento de membros fraturados e que necessitam de tração, como na fratura de femur e coletores fechados de urina, entre outros. Vários relatórios e pedidos de providência já foram encaminhados à diretoria do hospital restando-nos agora apelar para a divulgação dos fatos na mídia esperançosos de que com isso encontrem-se soluções mais rápidas e definitivas para o impasse causado pela falta de material adequado para o atendimento à população neste hospital. Como desculpas ao não atendimento às nossas reivindicações, o nosso excelentíssimo governador tem alegado que o Pronto Socorro é de responsabilidade do município. Fato é que , enquanto o Hospital João Paulo II for o único hospital no estado a atender o paciente politraumatizado o não atendimento, ou o mal atendimento, caraterizará ato de omissão ou, no mínimo, negligência das autoridades para com a população. Sabemos não ser esta a intenção dos nossos governantes e aguardamos a atenção dos mesmos no sentido de sanarem esses problemas o mais rápido possível.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Enquete no Senado: Vote a favor do Ato Médico

A Agência Senado está promovendo uma enquete, através do seu site, sobre a regulamentação da medicina. A pergunta "você é a favor ou contra a regulamentação do exercício da medicina nos termos do projeto PLS 268/02?" ficará no ar até o fim de dezembro e pode ser acessada na página principal da Agência. Em apenas dois dias, a enquete já recebeu 3.544 votos, sendo 30,45% a favor e 69,55% contra a regulamentação da medicina.

Dê o seu voto a favor do projeto, que foi aprovado em outubro pela Câmara dos Deputados, e, agora, aguarda a avaliação dos senadores. Para dizer SIM ao Ato Médico, acesse agora mesmo a página da Agência Senado. O endereço é o seguinte: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0. Avise aos outros médicos e defensores da proposta para fazer o mesmo.

Muito se tem falado sobre este projeto de lei, que trará grandes benefícios para a sociedade. No entanto, os que são contra usam argumentos falsos e procuram induzir à confusão e à polêmica. Confira as verdades e mentiras sobre o ato, o que fortalecerá sua argumentação junto aos outros profissionais da área da saúde e à população.

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O PL 7703/06

1- Das diversas profissões que atuam na área da saúde no Brasil, apenas a Medicina não tem o seu exercício profissional regulamentado em Lei, o que agora se pretende corrigir com a aprovação do PL. Talvez pelo fato da Medicina ser a mais antiga das profissões da Saúde, nunca houve a preocupação de regulamentá-la. Como nos últimos tempos alguns procedimentos que deveriam ser realizados exclusivamente por médicos - do ponto de vista técnico–científico, legal e de responsabilidade civil - passaram a ser executados por profissionais não-médicos, surgiu a necessidade de definição legal das atividades que são ou não privativas de quem tem a formação médica.

2- Como é facilmente compreensível para quem lê o inteiro teor do PL e não apenas “pinçando” alguns de seus artigos para interpretações errôneas, o PL não ofende nem pretende se sobrepor às outras profissões da Saúde, muito menos colocá-las em posição subalterna. Não existe no PL qualquer referência que permita este tipo de interpretação, a não ser por desinformação ou má intenção de pessoas com outros objetivos. Pelo contrário, em vários de seus artigos e parágrafos o PL evidencia de maneira bastante clara o respeito pelas atribuições das outras profissões. Sugerimos a leitura atenta do PL, especialmente o artigo 3, os parágrafos 2, 5, 6 e, principalmente, o parágrafo 7 do artigo 4, além do parágrafo único do artigo 5. < /span>

3- O PL vem sendo amplamente debatido há mais de 7 anos, primeiramente no Senado e agora pela Câmara, retornando novamente ao Senado; se finalmente aprovado, seguirá para sanção presidencial. Neste processo foram ouvidos inúmeros setores da Sociedade, em várias audiências públicas, com ampla participação das Entidades representativas de todas as profissões da Saúde, até a edição do texto final que atende, principalmente, às necessidades da população brasileira.

4- A regulamentação da profissão de médico é essencial para proteção da sociedade, para evitar que pessoas sem preparo técnico adequado pratiquem atos danosos à saúde das pessoas. Uma leitura atenta, isenta, sem preconceitos e honesta do PL mostra, com clareza, que não se pretende - e nem seria possível - excluir outras profissões do atendimento à saúde dos cidadãos e nem mesmo limitar as suas atribuições. O que se pretende é evidenciar que uma equipe de saúde deve contar com vários profissionais, de maneira harmoniosa e integrada, nas suas atribuições específicas, incluindo os médicos. Afinal, ao contrario do que pensam alguns, ainda não é possível fazer Medicina sem médico.

Para mandar um e-mail ao Senador de seu Estado, solicitando a aprovação pelo Senado do PL-7703/2006, acesse o link: http://www.apm.org.br/regulamentacaodamedicina/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lei do Ato Médico

Alguns profissionais que trabalham na área de saúde mostram-se inconformados com a aprovação da Lei da Medicina. Dizem que, a partir de agora, só poderão exercer suas atividades se estiverem "subordinados" aos médicos. Isto não é verdade, porque os parágrafos 6 e 7 do art. 4º da nova Lei GARANTE o RESPEITO às atividades dos outros 13 profissionais de saúde, desde que previstas em suas respectivas leis.

Vejamos o que dizem estes parágrafos:

§ 6º O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua área de atuação.

§ 7º São resguardadas as competências específicas das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia e outras que venham a ser regulamentadas

Os textos são claros, não deixam margem à dúvida sobre o respeito às profissões regulamentadas.

Outros atacam o projeto de lei dizendo que ele "restringe" as atividades das outras profissões, o que também não é verdade.

O parágrafo 5 do mesmo art. 4º mostra que vários procedimentos – como aplicação de injeções, passagem de sondas, curativos, realização de exames, entre outros – NÃO SÃO exclusivos de médicos, podendo ser realizados por outros profissionais. Senão, vejamos:

§ 5º Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico:

I – aplicação de injeções subcutâneas, intradérmicas, intramusculares e intravenosas, de acordo com a prescrição médica;

II – cateterização nasofaringeana, orotraqueal, esofágica, gástrica, enteral, anal, vesical, e venosa periférica, de acordo com a prescrição médica;

III – aspiração nasofaringeana ou orotraqueal;

IV – punções venosa e arterial periféricas, de acordo com a prescrição médica;

V – realização de curativo com desbridamento até o limite do tecido subcutâneo, sem a necessidade de tratamento cirúrgico;

VI – atendimento à pessoa sob risco de morte iminente;

VII – a realização dos exames citopatológicos e seus respectivos laudos;

VIII – a coleta de material biológico para realização de análises clínico-laboratoriais;

IX – os procedimentos realizados através de orifícios naturais em estruturas anatômicas visando a recuperação físico-funcional e não comprometendo a estrutura celular e tecidual.

Em relação à falsa polêmica sobre a exclusividade do diagnóstico, a nova Lei estabelece como privativo do médico o diagnóstico de doenças e não qualquer tipo de diagnóstico. O parágrafo 2 do Art. 4º é também claro ao estabelecer que:

§ 2º Não são privativos dos médicos os diagnósticos psicológico, nutricional e socioambiental e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial, perceptocognitiva e psicomotora.

Também é preciso deixar claro que a nova Lei NÃO "desestabiliza" o SUS, e ainda cuida de fortalecer o trabalho EM EQUIPE na área da saúde. É o que garante o seu art.3º:

Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem.

Ao relacionar o que NÃO É EXCLUSIVO do médico, a Lei garante a liberdade de atuação dos demais profissionais de saúde.

O PL que regulamenta a Medicina define basicamente as atribuições exclusivas do médico: diagnosticar doenças e prescrever o tratamento do paciente. Diz que cabe exclusivamente ao médico internar e dar alta aos pacientes em hospitais, bem como atestar as condições de saúde e/ou de doença das pessoas. E que o médico é também o único profissional responsável por emitir o atestado de óbito.

Nada de novo. O projeto de lei simplesmente aprova o que a sociedade já sabe e espera dos médicos.

Não custa lembrar que a Lei que está sendo aprovada agora regulamenta a mais antiga das profissões da área da saúde – a Medicina –, a única que não havia sido regulamentada até agora. Todas as outras profissões já têm suas leis, definindo as atribuições de cada profissional.

Com a regulamentação da Medicina ficará claro – em Lei – as atribuições dos médicos, as coisas que só eles fazem e que só eles estão preparados para fazer. Isto não só impedirá que outras pessoas exerçam atividades típicas dos médicos, como também exigirá dos próprios médicos maior responsabilidade na execução de suas funções.

Não restam dúvidas: quem mais se beneficiará com a aprovação da Lei será a sociedade brasileira, principalmente os segmentos menos favorecidos.

Fonte : COMISSÃO NACIONAL EM DEFESA DO ATO MÉDICO

segunda-feira, 19 de outubro de 2009



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Entrevista SIMERO RedeTV 19 de Outubro


Jornalista Elenir Caetano esteve na sede do SIMERO para buscar esclarecimento da posição do Sindicato Médico ao ponto eletronico, -ferramenta implementada pelo Governo Estadual para controle de frequência dos seus funcionários- Otino deixou claro que apesar da boa intenção do Governo de nosso estado, por ser um instrumento de alta tecnologia, caro e de uso dificultoso, existem outras prioridades mais urgentes para a promoção da saúde da população.
Aproveitando a oportunidade, Otino lembrou da mudança da data das eleições do SIMERO que seriam dia 20, terça, e que foi adiado para dia 23, sexta-feira, pela Comissão Eleitoral por motivo de prazo para julgamento de processos de impugnação de alguns candidatos.

Entrevista Movimento Sindical da RedeTV 16 de Outubro


Otino concedeu entrevista ao programa Movimento Sindical da emissora RedeTV, que foi apresentado no Domingo, Dia do Médico. Falou das conquistas alcançadas , das eleições que aconteceram no dia 23 e das metas futuras do nosso sindicato.

SIMERO na I Jornada de Traumatologia de Rondônia 16 de Outubro


Realizada nos dia 16 e 17 de Outubro a I Jornada de Traumatologia de Rondônia, voltada para os Médicos e Acadêmicos do nosso estado. Para abertura da Jornada fizeram parte da mesa, respectivamente: Dr.Serbino (Presidente da SBOT-RO), Dr.Otino (Representando o Sindicato Médico - SIMERO), Dr.Milton Moreira (Secretário Estadual de Saúde), Dr.Viriato Moura (Presidente da Academia de Medicina/RO), Professor Fernando Prado (Diretor da Uniron) e Dr.Valmor (Presidente da I Jornada de Traumatologia/RO). Na Jornada foram apresentados novos métodos de tratamento de trauma, estudo de casos com apresentações de palestrantes de Rondônia e outros estados.