domingo, 26 de abril de 2009

Seminário reúne no Rio médicos e jornalistas de todo o país

Médicos e jornalistas de todas as regiões do país participaram, nos dias 16 e 17/04, do IV Seminário Nacional Médico/Mídia, realizado pela FENAM com o objetivo de fortalecer o entrosamento entre a categoria médica e a mídia.

O seminário aconteceu no Hotel Windsor Plaza Copacabana, no Rio de Janeiro, e reuniu renomados profissionais da área médica, da grande imprensa, do meio político e especialistas do setor de tecnologia da informação. A visão do médico sobre a mídia, a mídia como prestadora de serviços, como dar uma boa entrevista e virar fonte, a geração de pautas, a mídia e as novas tecnologias, direito de resposta, o poder e a mídia, e pautas de grande repercussão foram os temas abordados no evento.

Entre os palestrantes estavam a repórter Mariana Gross, da TV Globo, a editora da TV Bandeirantes, Eleida de Góis, a repórter Pâmela Oliveira, do Jornal O Dia, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e diretor da Faperj, Marcos Cavalcanti, o deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, os jornalistas Chico Carlos, de Pernambuco, Mônica Salomão, de Minas Gerais, Patrícia Comunello, do Rio Grande do Sul e Keyth Washington, do Pará, o presidente da FENAM, Paulo de Argollo Mendes, e Cid Carvalhaes, diretor da Federação e presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo.

Encerrando o evento, o jornalista Maurício Menezes apresentou o espetáculo "Plantão de Notícias", que há 18 anos faz sucesso em teatros e eventos em diversas cidades do Brasil. O público do IV Seminário Nacional Médico/Mídia este ano também pode participar do sorteio de dois prêmios, oferecidos pela Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil (APLUB).

Foram sorteados um porta-retratos digital e um home theater com DVD karaokê. Duas jornalistas do Rio de Janeiro levaram os prêmios, entregues pelo gerente nacional da APLUB, Samuel Costa Soares, e pelo gerente da regional/Rio da entidade, Marcelo Guedes Lopes. O IV Seminário Nacional Médico/Mídia foi organizado pela Secretaria de Comunicação da FENAM.

Em sua quarta edição, o seminário já integra o calendário permanente de eventos da Federação e visa ainda colaborar com os profissionais de saúde no que se refere ao seu relacionamento com a mídia e também simplificar o trabalho da imprensa, ajudando os jornalistas a entenderem melhor o setor.

Para o presidente da FENAM, que fez palestra sobre "A visão do Médico sobre a Mídia", Paulo de Argollo Mendes, o seminário foi muito importante no sentido de fortalecer o entrosamento entre a categoria médica e a mídia, para que a sociedade possa obter informações de uma maneira mais clara e objetiva. "A preocupação dos médicos não é só com a saúde de seus pacientes dentro das quatro paredes do seu consultório, é com a saúde pública e com a clareza que a população pode obter através das informações que recebe. Por isso, é fundamental que possamos criar um excelente entrosamento com a mídia para que o nosso trabalho também possa render na comunidade," apontou o dirigente. Argollo também disse que a relação do médico com a mídia ainda é de um certo receio e que o seminário ajuda a aproximar as duas categorias. "O médico é treinado para um trabalho extremamente recluso, na intimidade do paciente, com muito cuidado a respeito do sigilo, exatamente o contrário do que espera o jornalista quando entrevista o médico. Assim, normalmente o médico tem muito medo de lidar com a mídia, por isso é importante que a gente faça essa aproximação, a fim de que os jornalistas conheçam melhor a maneira de pensar e a atuação dos médicos e também para que os médicos entendam melhor o trabalho dos jornalistas, principalmente para que possam perder o medo".

Reportagem completa:
http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/379985

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não Perca!

Assembléia Geral - SIMERO

Data: 08 de Abril de 2009 - Quarta-feira

Horário: 20:00 h

Local: Auditório do Hospital de Base


Pauta:

- Lei 1993

- Enquadramento dos médicos estaduais

- Médicos lotados no interior

- Médicos Federais

- Outros assuntos


SINDICALIZE-SE. COMPAREÇA ÀS REUNIÕES.

SUA PRESENÇA FAZ A DIFERENÇA!


Os MÉDICOS chegaram ao fundo do poço!

O "Diário de Natal" publicou uma carta patética sobre o aviltamento da profissão médica, caracterizado pela desvalorização do "Coeficiente de Honorários" em 308% nos últimos nove anos, o que representa um decréscimo no valor recebido pelos profissionais, se calculado em dólar, em 351%.

O documento, mais que uma reclamação, uma seríssima denúncia do ponto a que chegaram os médicos, grande parte dos quais à beira da insolvência financeira, leva assinatura do Dr. Paulo Ezequiel, funcionário das Secretaria de Saúde Municipal e Estadual, no Rio Grande do Norte, e que recebeu a imediata solidariedade de outros nove médicos da rede Estadual, que também é a carta aberta.

A repercussão foi tão grande, que por conta própria médicos do Brasil inteiro passaram a retransmitir a carta para colegas e amigos, via e-mail.

A seguir a íntegra do documento:


"Médicos, companheiros de profissão, como descemos...

Quando meu pai, médico, aposentou-se há nove anos, disse que estava fazendo
aquilo porque a profissão médica havia chegado ao fundo do poço e não agüentava ver a classe descer mais do que aquilo.

Nesses nove anos os salários e até o CH (coeficiente de honorários), criado
para proteger o trabalho médico, desvalorizou 308,68% se comparado ao salário mínimo (e nós pagamos salários baseados no mínimo aos funcionários); desvalorizou 73,47% pelo IBG que mede o índice de preços ao consumidor/inflação), índice este que sabemos ser maquiado pelo Governo Federal..

Se "dolarizarmos" nossas perdas, elas chegam a 351,81%. Como descemos...

Inicialmente fizemos cortes no orçamento, depois aumentamos a carga de trabalho, passando a dar mais plantões.

Cortamos férias, nos tornamos "clientes especiais" dos bancos, inicialmente eventuais, hoje cativos.

Não temos tempo sequer para nos organizar. Como descemos!

Não podemos lutar sequer na Justiça, pois o Judiciário jamais votaria a nosso favor, mesmo que estejamos certos.

Os juízes já votaram seu próprio aumento salarial e, se votassem o nosso, poderia não sobrar para eles.

Em 1994 um médico recebia R$ 755,00 e um promotor público R$ 1.300,00. Hoje, o médico recebe os mesmos R$ 755,00 e o promotor mais de R$ 8.000,00.

Que diferença de responsabilidade ou de um curso faz com que ocorra tal disparidade?

Sem falar de vereadores, auditor fiscal e outros cargos que,
devido ao seu poder de autogestão dos salários foram evoluindo exponencialmente, enquanto nós retrocedemos.

Como descemos! E a culpa, de quem é? De nós mesmos! Nós, que deixamos a
coisa ocorrer sem reagir.

Talvez devido à célebre frase: "Medicina é sacerdócio!". Mas até os padres, hoje em sua maioria, vivem bem, comem bem, dormem bem, têm carro, vestem-se bem, viajam.

A culpa é nossa por termos aceitado dar plantões em condições mínimas!
Sem água? Compramos água. Comida ruim? Compramos comida.

Não há material? Improvisa-se tudo em prol da continuidade do serviço e do paciente.
A culpa é nossa por termos criado uma cooperativa médica que pode proteger a todos, menos ao médico.

Veja uma diária hospitalar hoje e há oito anos.

Quem protege quem?

Os planos
de saúde aprenderam que não temos tempo para reclamar e pagam o que querem,
quando querem e se quiserem. Como descemos!

Chegamos no nosso carrinho, cara de cansados, exaustos, na verdade, maltrapilhos e somos atendidos pelo gerente do plano de saúde: bem dormido, gravata, perfumado e de carrão zero às nossas custas. Burros de cangalha é o
que somos!

O Governo também aprendeu que não temos força para cobrar o que é de
direito:
retira gratificações, suspende pagamentos. É como se fôssemos isentos de obrigações financeiras.

Coitados de nós! Como descemos!!!!

Temos medo de pedir um orçamento a um pintor ou pedreiro. Estamos apertados
para pagar o colégio dos nossos filhos.
Achamos que se continuarmos assim, vamos acabar pagando para trabalhar.

Estamos enganados! Já estamos pagando, pois as noites em claro nos renderam
doenças e problemas de saúde que nossa aposentadoria do Estado de R$ 400,00 somados ao INSS de R$ 800, 00, mais talvez uma previdência privada, não conseguem cobrir.

Pagamos, porque a nossa ausência em casa na busca de manter um "padrão
de vida", não tem preço.

Nossos filhos estão à mercê de drogas e maus exemplos,
devido ao abandono. E como dizer aos nossos filhos para estudarem, pois vale a pena ?

Eles vêem
o exemplo do pai que estudou tanto, fez tantos cursos, passou tantos concursos e tem uma qualidade de vida tão ruim. E aí vem o "Big Brother", as novelas e pessoas que vivem melhor, até de forma ilícita. É difícil fazê-los compreender que os que nos mantêm em nossa profissão, o que nos alimenta a alma e o espírito são duas coisas: o amor pela prática médica e a incapacidade que temos de reverter todo o investimento que fizemos à mesma.

Se o medo é de pagarmos para trabalhar, pode ficar ciente de que já estamos
fazendo isso! Acho que deveríamos ser mais radicais e não aceitarmos imposições, pois sabemos que estamos totalmente certos !

Temos que ganhar melhor para atendermos melhor a nossos pacientes.

Temos que dormir bem, para atendermos melhor a nossos pacientes.

Temos que estudar e nos atualizar, para atendermos melhor a nossos
pacientes. Queira ou não, tudo isso depende de remuneração !"


ESTÁ NA HORA DE TODOS OS MÉDICOS DO BRASIL SE UNIREM POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E REMUNERAÇÃO DIGNA, ATUALIZADA !!!!!!

CHEGA DE SERMOS ESCRAVOS, HUMILHADOS !!

SEM UNIÃO, NADA CONSEGUIREMOS !!
UM JUIZ SALVA A VIDA DE ALGUÉM ? ENTÃO, PORQUE ESTA DISPARIDADE DE SALÁRIOS EM RELAÇÃO AO NOSSO??

LEMBREM-SE QUE SOMOS NÓS QUEM TEMOS A CAPACIDADE DE SALVAR VIDAS, E VIDAS NÃO TEM PREÇO!!

POR FAVOR, REPASSEM PARA TODOS OS SEUS AMIGOS E COLEGAS MÉDICOS.

VAMOS INICIAR NOSSO MOVIMENTO DE ATUALIZAÇÃO DE SALÁRIOS PARA QUE TENHAMOS UMA REMUNERAÇÃO DIGNA!!