sábado, 30 de maio de 2009

Médicos fazem manifestação na Avenida Paulista pró-SUS


O Fórum Sudeste e Nacional em Defesa do Trabalho Médico no SUS foi encerrado com uma passeata que saiu da sede da AMB, em São Paulo, e dirigiu-se à Avenida Paulista.

Cerca de 300 médicos caminharam pelas calçadas empunhando cartazes com os dizeres “Médicos lutam por melhorias no SUS”, “Pela carreira de Estado para o médico do serviço público”, “Regulamentação da EC 29 para mais recursos no SUS”, “CBHPM como referencial no SUS” e “Trabalho na saúde precarizado. Quem paga é a população”.

A seguir, os médicos subiram a escadaria do Prédio da Gazeta e reivindicaram melhorias para o serviço público de saúde.

José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, Cléber de Oliveira Costa, vice-presidente Leste-Nordeste, Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública, Jane Lemos, diretora de Atendimento ao Associado, e Geraldo Ferreira Filho, diretor de Marketing, participaram do ato.


A passeata pela melhoria da remuneração médica no SUS e por um melhor atendimento à população, realizada na cidade de São Paulo foi noticiada pela Rede Globo. A reportagem, de César Menezes foi exibida no Jornal da Globo, apresentado por Willian Waack e Cristiane Pelajo na noite da última sexta-feira (29/05). Assistam a reportagem em: http://web.fenam2.org.br/tv/showData/385653

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Salário médico no setor privado é aprovado por unanimidade pela Comissão do Trabalho



O PL 3.734/08 que define o salário mínimo profissional dos médicos e cirurgiões dentistas em R$ 7 mil por 20h/semanais foi aprovado por unanimidade pelos membros da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. A votação foi realizada nesta quarta-feira (27/05) na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A deputada federal Gorete Pereira (PR/CE) que havia pedido vista do projeto na semana passada (20/05) analisou o PL e concordou junto com os demais membros da comissão que o projeto merecia ser aprovado. “O projeto tem um mérito muito grande. Eu concordo com tudo, o que eu queria era colocar dentro do projeto os profissionais fisioterapeutas, mas tendo em vista que o projeto é privado e eu não tive como colocar e vou votar favorável.”

Gorete fez ainda uma alteração no art 7º do projeto no qual trata do índice de reajuste do salário. O reajuste que será calculado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) poderá, com a alteração de Gorete, ser feito por qualquer índice adaptável à época.

“A deputada Gorete aperfeiçoou o projeto, porque não se sabe no futuro qual índice estará valendo ou se vai permanecer este, então ela simplesmente acrescentou estes termos que ajudam a aperfeiçoar o projeto”, explicou o secretário de saúde suplementar da FENAM, Marcio Bichara.

De acordo com o vice-presidente da FENAM, Eduardo Santana, a aprovação do projeto significou um grande passo para a categoria médica e uma grande vitória do Sistema de Saúde do país.

O relator do projeto, Mauro Nazif (PSB/RO), que se esforçou durante a semana conversando com cada deputado, também comemorou a aprovação. “É bom você saber que está podendo ajudar em alguma coisa. Eu entendo que é uma obrigação do parlamentar, principalmente nós, que somos da área da saúde e sabemos o tanto que os profissionais, tanto os médicos, quanto os odontológos são aviltados no mercado de trabalho e, certamente este reflexo acaba caindo naqueles que são os grandes alvos de tudo, que são os usuários do Sistema.”

Durante a votação, cada deputado proferiu uma palavra de apoio aos profissionais médicos e odontólogos antes de darem o parecer favorável ao projeto. O projeto agora tem que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pela aprovação do Senado e depois pela sanção do Presidente da República.



"Nós estamos percebendo que nós estamos conseguindo sensibilizar esta Casa para a importância da valorização do trabalho do médico. No momento que estamos valorizando o trabalho do médico, nós estamos, acima de tudo, valorizando a qualidade da assistência à saúde para nosso pais.”

ES: 100% dos médicos da prefeitura de Vitória estão paralisados

A greve dos médicos da prefeitura de Vitória continua. Na última sexta-feira (22/05) os médicos fizeram uma manifestação reivindicando por melhores salários e melhores condições de trabalho. Os médicos fecharam o trânsito em frente à prefeitura da cidade e explicaram os motivos da greve para a população local. Enquanto isso, membros do sindicato dos médicos e a delegação da Federação Nacional dos Médicos tentavam um acordo com a prefeitura, mas nenhum acerto foi proposto, apenas uma reunião para a próxima semana.

sábado, 23 de maio de 2009

Fórum Nacional vai debater o Cooperativismo Médico no SUS

O cooperativismo médico no Sistema Único de Saúde (SUS) será um dos principais temas de debate do II Fórum Nacional de Cooperativismo Médico, realizado nos dias 4 e 5 de junho, em Brasília. De acordo com Marcio Bichara, secretário de saúde suplementar da FENAM a relação do médico com o SUS é uma das questões que mais preocupa a categoria e questionamentos sobre a organização de trabalho dos médicos em cooperativas que prestam serviços para o Sistema serão debatidos junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) durante o Fórum.

De acordo com Marcio Bichara, existem muitos questionamentos, por parte do Ministério Público do Trabalho, dos médicos estarem se organizando em cooperativas para estarem prestando serviço ao SUS. Como no serviço público a relação de trabalho tem que ser por concurso, o MPT entende que a forma dos médicos estarem se organizando por especialidades ou mesmo por cooperativas de prestação de serviço para prestarem serviço ao SUS pode conflitar com a Constituição Federal.

"Esse conflito hoje existente com o MPT é que a gente quer debater aqui sem defender rigorosamente uma proposta ou outra. A gente entende que o médico, quando se organiza em cooperativas ele está defendendo sua força de trabalho. Então é uma discussão muito rica em que agente quer envolver também o Ministério da Saúde, porque se a gente não tiver um Plano de Carreira decente e um salário digno vai continuar proliferando estas outras formas de trabalho medico. Nós vamos discutir tudo isso e ver qual o melhor caminho, inclusive tem até proposta de mudança da lei desta relação de trabalho do médico no serviço público em forma de cooperativas".

O Fórum, organizado pelas entidades médicas como a FENAM, CFM e AMB, é aberto a todos os médicos que desejem participar e também vai abordar temas como a CBHBM no SUS, Promoção e Prevenção da Saúde no Sistema Suplementar, Sistema Unimed e as experiências das cooperativas de Trabalho Médico.


Confira a programação completa do evento:

Fonte : Taciana Giesel

Votação do Salário Médico adiada para a próxima semana

Por: Taciana Giesel

A votação do PL 3.734/08 que define o salário profissional dos médicos e cirurgiões dentistas foi adiada para a próxima semana. O PL, que estava incluído na pauta de votação da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da última quarta-feira (20/05) foi adiado devido ao pedido de vista da deputada federal Gorete Pereira (PR/CE).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Salário mínimo será votado na quarta feira, dia 20

Na próxima quarta-feira (20), a Comissão de Trabalho vota o Projeto de Lei 3.734/2008, que altera o salário mínimo profissional dos médicos. A reunião acontece no plenário 12, anexo II, às 9h30.

O PL 3.734, de autoria do deputado Ribamar Alves (PSB-MA), prevê mudanças na lei 3.999, de 1961, que altera o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. O texto sugere que seja modificada a redação da lei que estabelece o cumprimento de 2h a 4h diárias, passando a estabelecer o período de 20h semanais, como já consagrado hoje pelos médicos.

Durante a sessão será lido o relatório do deputado Mauro Nazif (PSB-RO) que propõe ainda algumas alterações. A principal mudança será no valor do piso salarial estipulado pelo projeto em R$ 7 mil. A Lei nº 3.999 previa que o salário mínimo dos médicos fosse três vezes o salário mínimo em vigor no país, o que, nos dias de hoje, corresponderia a um salário de R$ 1.245,00. De acordo com o projeto original, o reajuste seria baseado no salário mínimo. Agora, com as alterações de Nazif, o reajuste terá como base o INPC.

Fonte : Portal Médico

domingo, 17 de maio de 2009

REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA

* Mario Antonio Ferrari


Historicamente, os médicos no exercício autônomo da profissão, atendiam os pacientes sem qualquer tipo de intermediação. Desde a reforma do Código Civil brasileiro vêm sendo “estimulados” a se organizar como pessoas jurídicas para a prestação de serviços. Há planos de saúde que, no ato da renovação ou do credenciamento inicial, impõe aos contratados, antes prestadores autônomos, a constituição dessa figura jurídica. Divulgou-se que a mudança na forma de prestar serviços redundaria economia, principalmente, de ordem tributária. Os fatos, no final das contas, têm revelado o contrário.

Se, de um lado, o aumento do ônus em face da responsabilidade civil atinge todas as pessoas jurídicas, de outra banda propalada “economia” resultante da imposição/opção pela nova forma de prestação de serviços não alcança a todos. Os profissionais queixam-se de bi-tributação do Conselho e do sindicato dos médicos.

O sindicato é o órgão representativo e de defesa dos médicos e, portanto, para o exercício da atividade, os registrados no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) devem a ele recolher a contribuição sindical (profissional).

Já, com relação, as pessoas (empresas) registradas do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) a regra geral é de que seja realizado outro recolhimento das contribuições ao sindicato que representa os interesses dos hospitais e estabelecimentos de saúde. Nesse sentido não se comunicam o CPF do médico com o CNPJ de sua empresa.

De acordo com a regra geral a empresa devidamente registrada no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, está submetida ao recolhimento da Contribuição Sindical Patronal de acordo com a tabela legal. De outro lado, o profissional (médico) parte integrante da mesma sociedade e devidamente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas, continua submetido às regras da CLT, devendo recolher a Contribuição Sindical na condição de pessoa física/profissional autônomo, como consta no texto legal. E nesse sentido não há a questionada bi-tributação.

Alguns médicos não se conformam e lamentam a carga tributária a que são submetidos e, por desconhecerem detalhes e as exceções da lei, pedem providências ao sindicato de defesa profissional.

A exceção à regra é legalmente estabelecida e o conflito constatado encontra solução na Lei 9.317/1996. Ao instituir o Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES) o legislador arrolou os tributos devidos e os dispensados.

O texto dispõe que a inscrição no SIMPLES implica pagamento mensal unificado de vários impostos/contribuições ali mencionados e dispensa o recolhimento das demais contribuições sociais. Desta forma, a contribuição sindical, na condição de tributo instituído pela União, não é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes do SIMPLES.

Em síntese, os médicos que optaram ou foram obrigados a se constituírem como empresas (pessoa jurídica), independentemente, do número de componentes e, desde que tenham escolhido a inscrição pelo SIMPLES estão dispensados do recolhimento da contribuição sindical patronal, cobrada pelos sindicatos dos hospitais e estabelecimentos de saúde.

A obrigação em relação à contribuição sindical das pessoas físicas (médicos) devida aos sindicatos dos médicos permaneceu inalterada e, independentemente de intermediação, deve ser recolhida até o dia 28 de fevereiro pelos que trabalham como autônomos.

Os interessados na recuperação de contribuições recolhidas indevidamente e nas isenções tributárias estabelecidas pela lei do SIMPLES devem entrar em contato com as assessorias de seus sindicatos profissionais.




* Mario Antonio Ferrari – Presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná e Diretor de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos.

Esforço concentrado pela aprovação do projeto do salário mínimo do médico

O relator do projeto de lei 3.734/2008, que altera o salário mínimo profissional dos médicos, deputado Mauro Nazif (PSB-RO), deu início a um esforço concentrado no sentido de que a proposta possa ser aprovada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, na qual deverá ser votada no próximo dia 20 de maio.

Em entrevista concedida à FENAM, Nazif disse que está conversando com cada um dos parlamentares que compõem a comissão. Ele também está pedindo que as entidades médicas enviem mensagens aos membros da Comissão de Trabalho para reforçar a luta pela aprovação do projeto. Mauro Nazif afirmou ainda que sabe que encontrará resistências no grupo, mas acha que o resultado da votação pode ser positivo.

Ouça a entrevista na Rádio FENAM

Fonte: FENAM